Muito ultimamente vem sido falado sobre a necessidade de manutenção predial no ambiente condominial. O que esquecemos é que os edifícios são feitos de forma especifica para o perfil dos moradores e a cada dia a variedade de sistemas construtivos crescem vertiginosamente acompanhando as necessidades de moradia para uma sociedade que cresce em quantidade e envelhece cada dia mais.
Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) só no Brasil existe um déficit habitacional de 7,7 milhões de moradias e mesmo desenvolvendo planos, programas, estratégias que busquem suprir a demanda de habitações, nos últimos anos a economia se reserva e investe no setor imobiliário de forma moderada a conservadora.
No entanto, nos últimos 30 anos, o aquecimento imobiliário e as inovações que acompanham as tendências tecnológicas de novos produtos e materiais, tornou-se extremamente diversificados as construções atuais e principalmente a adequação das construções antigas.
As variações como alvenaria estrutural, painéis em concreto, alvenarias cerâmicas, placas de gesso, lajes nervuradas, peles de vidro, fachadas aeradas, painéis alveolares, piscinas suspensas em concreto, piscinas vinilicas, mantas rígidas, mantas sobre revestimentos, instalações de gás , elevadores, garagens e mais milhares de especificações prediais combinadas entre si formam uma imensidão de sistemas que estão diretamente ligados a qualidade, segurança e valor do seu patrimônio.
Em via de regra não. As normas pertinentes a cada item indicam os caminhos e garantias que são oferecidos, mas a combinação do sistema é crucial para definição de datas e tipos de manutenção necessária para sua edificação.
É fundamental que o sindico detalhe seu sistema predial e acompanhe as datas de manutenção conforme o conjunto. Um exemplo é um edifício com ar condicionado central e paredes de dry wall (paredes de gesso) a vistoria ideal é a cada 2 meses das paredes que acoplam o ar condicionado, pois a evolução dessa patologia é bastante rápida.
O checklist de manutenção predial deve ser feito e acompanhado regularmente para que assim a vida útil do seu prédio prolongue e as manutenções corretivas reduzam. Sem contar com a melhoria de convivência no condomínio. Menos reclamações, mais resultados.
Para o desenvolvimento do checklist a primeira regra para controle do seu condomínio é conheça seu prédio e REGISTRE.
Utilize projetos, manuais do proprietário, documentos de reformas, etc. Faça uma vistoria e um longo passeio no seu prédio e registre. Algo personalizado lhe dará muito mais controle. Existem síndicos que conhecem bem seu condomínio, mas nossa memória é traiçoeira. Quem nunca esqueceu uma consulta, um compromisso ou um acontecimento?
A segunda regra é CRIE DATAS e guarde históricos. Deixar determinado todas as datas para que uma pessoa responsável faça o checklist é o que dá sentido ao trabalho. Do que adianta toda essa documentação e conhecimento se não há quem alimente constantemente de informações? Checklist foram criados para direcionar atividades cotidianas.
A terceira regra é AVALIE. Estabeleça um dia na semana para conferir as atividades preenchidas e o cumprimento da vistoria, veja o que foi feito e se há algo que precisa de uma atenção especial, na dúvida, procure profissionais especializados para esclarecimentos.
A quarta e penúltima regra é DEFINA. Prioridades e caixa financeiro dos condomínios são itens inversamente resolvidos. Pesquisa do SINDICONET apresentou que manutenção é o segundo maior problema dos condomínios perdendo para inadimplência, mas é direcionado apenas 20% do caixa para suas resoluções, e que a evolução dos problemas de manutenção aumentam o custo exponencialmente conforme o tempo.
E a ultima regra NÃO TENHA PREGUIÇA. Após ler todos esses itens já te deu aquele desânimo de cumprir todas as regras, lembre que qualquer atividade planejada gera menos trabalhos e melhores resultados. Na pior das hipóteses designe uma pessoa para isso.
“Não pense por muito tempo, faça. Mas não faça por muito tempo, pense.”– Confúcio.